Ana Mari's world!

Leia livre de preconceitos, intensões e expectativas.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Perdas & Ganhos

Sabe, perdi os meus óculos neste fim de semana que se passou... É estranho, mas quando estou sem eles me sinto um tanto volúvel e suscetível ao mundo exterior... Pode parecer loucura, mas quando estou com meus óculos, além de enxergar melhor, eu sinto melhor os aromas e odores do mundo, meu paladar fica mais sóbrio e eu escuto as coisas com maior nitidez sonora... Tô me sentindo meio aleijada sem meus óculos, sentindo que existem coisas acontecendo e eu não estou me dando conta... Com meus óculos eu me sentia mais esperta, mais ouvidos, mais sensações... Mas só de pensar em ir à Brigadeiro Faria Lima para poder consultar novamente o meu oftalmo me dá uma preguiça sem fim...
Quanta balela... Não, eu não estou aqui para falar da desgraceira que é minha vida sem meus óculos, nem muito menos ficar aqui tentando achar "ganhos" nessa "perda"... Na verdade a única coisa que eu acho benéfico nessa minha falta de óculos é que eu sou obrigada a ficar 10 vezes mais ligada do que o normal, super atenta... Mas , perito é perito e eu como tal não deixo nada que me é conveniente escapar aos meus sentidos...
Quente e letrista que sou caio numa contradição muito complicada... Ando meio fria e calculista, racionalizando demais os acontecimentos e conseqüências das coisas no mundo...
Tá difícil algum fato/ acontecimento ser bastante para me fazer perder uma noite de sono ou debulhar-me em lágrimas... Apesar da bandeira de "quente e letrista" que carrego tenho me tomado uma pessoa muito insensível e inabalável...
Hoje pela manhã, mamãe chorava em demasia por ter recebido a notícia de que sua grande amiga encontra-se com um câncer de fígado em fase terminal... Bom, eu conheço a amiga de minha mãe, na verdade foi uma pessoa muito participativa, assídua na minha infância, só que não me comovi, não chorei, deitada estava eu continuei... Não que eu ache que é porque é morte têm que se chorar, não, pelo contrário, mas eu ando tão esquisita que eu pensei: "Ainda bem que ela descobriu agora e já vai morrer, sofreu demais para ter de sofrer sua própria doença agora...". Vou sentir falta!? Vou. Vou sentir saudades!? Vou. Já passei várias férias com ela no interior da cidade, partilhei de variados momentos da minha vida, etc., etc... Mas chorar, eu não consigo... E tenho pra mim que sinto... SInto muito, alguma coisa que eu não sei exteriorizar/verbalizar...
Será que é porque estou sem meus óculos!? Ou porque fui acometida por uma gripe horrenda que já me ardem bastante os olhos!? Não sei, sei que ainda não me veio a lágrima.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Agregando Responsabilidades.

Às vezes eu acho um saco ter compromisso com as coisas e com o mundo... Na verdade compromisso é um inferno. Acho tedioso ter responsabilidades, ter coisas que vinculem e prendam a gente... Isso mesmo é isso que você tá pensando, tudo uma grande barbárie, desse modo, todo mundo solto, que nem bicho no mundo.
Qual é o compromisso que têm aquele cachorro que fica o dia todo passeando pra lá e pra cá pelas ruas da cidade sem coleira nem beira!? Nenhum! Ele não tem compromisso nenhum com nada, com "ninguém", o que vier é lucro e se for mais de um é "mega sena". Eu quero liberdade, não que eu não a tenha, mas ando me sentindo meio "sitiada", meio carne de vaca, o meu mundo anda carne de vaca demais pra mim...

A minha "preguiça", a falta de vontade dá-se por algo indizível o qual ainda não tenho definido. Daí eu criar um blog para eu poder explanar dia-dia o que rola no meu "abstract world" para tentar trabalhar minha repulsa atual ao mundo, trabalhar devagarzinho para quem sabe em fim eu possa vir a me reintegrar à sociedade como uma pessoa menos realista e mais fria. Agregando responsabilidades... Vou tentar...
Ando estafada dessa "pseudo democracia", "pseudo ordem", ando de saco na lua com isso tudo. Pô, não quero ser obrigada a votar em ninguém para que crie "regras" para que eu tenha de segui-las... Quem disse que eu quero regra!? Eu quero as exceções, eu quero ir, eu quero vir... Na hora que eu quiser, não preciso voltar, não quero ter que voltar, não precisa ter para onde voltar... Ir e vir a qualquer hora para qualquer lugar sem tempo ruim, na boa, na paz, sem tédio, sem fim!
Ah, eu tô sufocando... Tô pirando, não agüento mais... Tá tudo muito estranho, é tudo muito esquisito...
É triste, eu sei que é triste, demasiadamente deplorável essa situação... Mas é maçante esse mundo, tá tudo errado, tudo bagunçado. Eles querem controlar mas tá tudo descontrolado, eles dizem que há ordem mas tá tudo desornado.
Somos todos fantoches, somos todos manipulados... Somos todos trouxas que "pensam" estar indo pra algum lugar, indo encontrar alguma "solução". Mas qual é o lugar!? Qual é a solução!? Não, não há mais lugar pra mim no mundo... Qual é o problema!? Se não há definido o problema como vai atrás de solução!?
É, é tudo um monte de louco, gritando sem causa ou com causa confusa. Sem embasamento ou com embasamentos desorganizados. Sem agregados ou com agregados falsos.
Há um complô dos astros... Sim, os astros superiores, eles andam aí numa pegada de queda, de botar pra lona esses baderneiros... Vira mexe me chamam junto... Tô lá na baladinha "laralara", "pá", levo um capotão que perco até o rumo de casa... Saio do meio do salão vou pra cozinha, "pow" outro capotão que me faz repensar na vida... Não pode ser assim à toa, de bobeira... Não é normal você passar por situações assim... Quando começa a pensar sobre isso, é que talvez as coisas possam ficar mais claras daí então a resposta do problema chegar... Quedas de modo geral é a vida, o mundo te dizendo: "Presta atenção aí... Se liga guri!".
Este ano, é ano de guerra aqui, é ano de gritar, lutar, correr atrás... Mas atrás de quê!? Não sei, sei que têm que ir, tão mandando a gente ir, mesmo sem rumo, mas vai, não pára, não deixa cair, caiu, levanta, e corre... Corre... Marte tá indo pra's cabeças e se não for ligeiro ele vai te derrubar...
É por isso tudo e mais um pouco, que eu ando assim, deixando as coisas irem... Fluírem, não quero mais intervir... Não quero mais pedir, correr, tentar, vou ficar igual à um cachorro no meio do mundo na vantagem do que têm pro dia, e esperando assim dias melhores... Não, não sei se virão.