Ana Mari's world!

Leia livre de preconceitos, intensões e expectativas.

sábado, 22 de novembro de 2008

Cinema transcendental...

Era da Mari, daí eu roubei pra mim e ouço um milhão de vezes como eu fazia com “There is an End”... Quer declaração maior, mais linda, mais festa que ouvir: “Pena de pavão de Krishna, maravilha, vixe Maria mãe de Deus, será que esses olhos são meus...?”. Putz acho tudo, é pra ficar ouvindo, balançando e sorrindo...
Existem coisas que são pra vida, como “Eclipse Oculto” e ”Trilhos Urbanos”, a gente se acha no meio da letra e vai junto com a melodia, de repente se pega tomado cantando junto e pulando...
Percebe: “Mas na hora da cama nada pintou direito, é minha cara falar, não sou proveito, sou pura fama...” é muito deboche recheado de verdade e felicidade. Não tenho problema em ser clichê de coisa boa, de coisa maravilha como é isso tudo.
Sabe, há tempos (três dias) queria dizer-lhes da minha alegria sobre isso tudo, e fazer todo mundo pular junto... Porque realmente é muito lindo...
Sabe o natal!? Então, ta chegando... Vocês se lembram que eu, há não muito tempo atrás falava do meu bode de tal época, etc., etc... É incrível Perdizes já se encontra toda enfeitada, as mansões do Boaçava já são verdadeiros espetáculos de luzes e de quando em vez até sons...
A quantidade de elementos natalinos se multiplicou num piscar de olhos, as “promoções”, as ilusórias facilidades de pagamento, as TV’s de plasma, os home theater’s e todas essas babaquices que enchem os olhos dos brasileiros e parte dos americanos deslumbrados...
Hoje a minha mãe já veio com um papo pesado de “onde vamos passar e o que vamos fazer no fim do ano”, odeio esses plurais... Eu vou passar o meu reveillon sozinha em algum lugar por aí, to na paz dessas caretices grupais de família e tudo mais... Tudo bem que minha mãe cozinha pra caralho e bom garfo que sou tenho plena consciência do banquete (sim sempre são banquetes, pois mamãe é exagerada) que hei de perder... Mas ando numas de individualismo, quero fazer as minhas coisas sozinha, ando meio sem paciência para grandes eventos e coisas que envolvam muitas pessoas e troca de afetividades e vibrações...
Ontem eu estava aqui, exatamente aqui neste mesmo lugar nessa mesma cadeira, escrevendo como agora coisas distintas destas, mas escrevendo sei que me deu um impulso e eu fui pra cozinha fazer o famoso brigadeiro do desespero, na seqüência eu fui tomar banho, me arrumei peguei o carro e fui passear... Isso era umas 2h30 da madrugada... Ah, sabe, sai meio sem rumo, achei um japonês aberto numa região a qual eu desconheço para vos dizer, comi, fiquei lendo umas revistas, depois peguei fui pra Vila, passei no bar de uma querida que não via há tempos, daí fiquei andando, poluindo o ar, produzindo gás carbônico, vendo a cidade, aí voltei pra casa... Sei que dormi gostoso até a hora que os astros permitiram, melhor, até a hora em que minha mãe despertou numa função maluca a qual eu fiz por inércia e com muita raiva... Ta é pesaroso dizer que fiz com raiva, mas vou mentir, fiz mesmo, tava desesperada de sono e fui obrigada a cortar essa vertente e ser simpática... É eu tenho sérios problemas que me deixam extremamente irritada... Basta deixar-me com fome e sono que eu viro uma máquina mortífera. Sei que eu fui continuar o sono cortado por volta das 14h da tarde, mas curti... Dormi ele de fio à pavio.
Vou me jogar na desvairada pra ver o que há de bom, embora eu já tenha destino prévio certo (o que eu particularmente acho de qualidade dúbia) estou meio que tomada de uma preguiça descomunal, pois as condições climáticas que os astros proporcionam no momento não é das mais agradáveis para se socializar com o mundo... É o que tem pra agora, então, abraça! Brincadeira vou ver minha amiga querida, a Rê, desfrutar de umas birinight’s e de um bom papo. Acho sóbrio para tal dia.

sábado, 15 de novembro de 2008

Ele falou: -Você tem medo. Aí eu disse: - Quem tem medo é você...

Sempre vai ter alguma das partes dizendo que ainda é cedo, se não sempre, na grande maioria das vezes, é muito difícil ter o momento em que ambos cheguem nesse mesmo consenso. Daí, as coisas meio que se misturam e a gente fica em parafuso (com todos eles soltos e desregulados...). Mas acredito que é no momento em que faltam as palavras o beijo já não basta mais, fica aquilo (que não tem nome só é sentido), um vai e fala: - Eu não sei! É tão ruim esse vácuo, essa falta de informação sensorial, é quase uma amputação, deixa a gente aleijado de argumento.
Putz falando nisso’s, me deu uma sensação de dejavù péssima. Eu não queria mais falar sabe!? Na verdade eu queria é gritar, morder o volante do carro, mas não queria falar! Eu só queria sair correndo, ficar ali tava doendo, sofrendo... Não, não me empurra, não chama... Daí eu disse que já não sabia mais e que eu não queria mais... De repente fica lugar comum, aquele monte de perguntas... O problema é a falta, é o não fazer, é a inércia que me mata, come tudo por dentro, a cada telefonema, a cada passeio, no decorrer do tempo as coisas acabam perdendo o sentido, o frescor, o calor a vontade. Eu me peguei no mundo olhando pra cima procurando por mim mesma e não me achava mais...
Sei te dizer que foi tudo bastante estranho... Na hora em que eu tive de dizer um milhão de coisas hostis e reais, eu queria mesmo é ter a certeza de que era tudo um grande engano, quiçá até pedir desculpas botar o nosso som e dormir no sofá até a hora do almoço do dia seguinte... Mas na verdade, o melhor mesmo foi não ter tido o almoço do dia seguinte, o dia seguinte não ter acontecido porque sei lá, não tinha sentido...
Caralho! Ta meio Paulo Coelho esse negócio... Sei lá, às vezes eu chego em casa e fico pensando em tudo o que foi discutido na noite, em todas as pautas que poderiam ter sido e não foram e acho que é bacana dissertar sobre tal. Uma coisa meio “Saudade do que não foi” e/ou o clássico “A volta da pauta que não foi”... Ta é cansativo, eu sei, meu querido amigo eu sei... Juro! Juro que eu sei, mas queria que tu pudesses sentir a dor na barriga que tenho aqui comigo de tanto que me esbaldo, deleito e dou risada... É demais, isso tudo, a vida (pelo menos a minha) é muito engraçada, diria mais é quase uma piada!
É meio “looser” admitir isso, mas sabe que eu até gosto. Pô há movimento, novidade, acho importantíssimo novidade, mesmo que seja de você pra você mesmo... Tem de haver novidade. Vida sem acontecimentos, sem movimento deve ser “uó”. O portador dessa está fadado à monotonia, tristeza e quiçá (adoro essa palavra “quiçá”!) a solidão. Péssimo num é não!? Ai, eu acho. Eu acho, eu acho, eu perco, eu acho, eu acho um monte de coisa sobre nada também... E vivo perdendo... Mas às vezes, na real quase sempre, eu acho... “Achismos” a parte o importante mesmo é embasar... Esse negocio de achar, pensar, blá, blá, blá, é muito fácil e cansativo também. Quero ver é defender, opinar de fato... Achar é fácil. Eu não acho nada se você quer saber...
Sabe eu fiz um prato enorme de brigadeiro... Gosto de brigadeiro, gosto de chocolate, na verdade eu gosto muito de comidas no geral... Você que me conhece, mas conhece mesmo, convive e pá, ta lado a lado ta ligado... Porque também têm essa né, outro dia chegou um amigo meu e lançou uma de que “todo mundo” me conhecia... Fala sério, ainda achava graça... Confesso que fiquei um tanto cabreira, porque não é verdade, se todo mundo que me oferecesse comida soubesse que não sou magra porque eu quero ser, que eu me empenho bastante para mudar tal quadro, talvez não me oferecesse mais, levando em conta que eu nunca, ouçam bem NUNCA deixo passar uma boquinha, sou apreciadora das mais variadas cozinhas desse mundão, ofereceu ta aceito pois aqui não têm desperdício... Por isso a partir de agora quando estiver comendo perto de mim pense bastante antes de me oferecer... Porque eu vou aceitar!
Olha só, vou ali me recolher tal, porque meu lado sóbrio e honesto ta me falando que eu estou me expondo demais, as coisas do lado de cá estão muito afloradas e que este não é o melhor momento para falar algo edificante, até mesmo porque se você que me lê procurasse qualquer coisa do gênero não consultariam à mim e sim à um engenheiro... Certo? Bom eu acho que sim. Mentira eu não acho nada.
Só pra terminar, outra vez eu tinha o texto perfeito na cabeça pronto para ser datilografado e a preguiça falou mais alto e eu tive de passar... Mas confesso que dessa vez eu não me lembro nem qual era o gancho... Liga não, a idade é fogo, a gente vai ficando meio esclerosado com a amnésia bastante aflorada e isso torna-se normal no dia-dia.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim.

"Deixa que digam
Que pensem
Que falem
Deixa isso pra lá
Vem pra cá
O que que tem ?
Eu não estou fazendo nada
Você tambem
Faz mal bater um papo
Assim gostoso com alguem ?
Vai,vai,por mim
Balanço de amor,é assim
Mãozinha com mãozinha pra lá
Beijinhos e beijinhos pra cá
Vem balançar
Amor é balanceio meu bem
Só vai no meu balanço quem tem
Carinho pra dar..."


Eu devia ser mais introspectiva... Ou não. Mas cá entre nós a Cicarelli é uma infeliz... Coitadinha. Uma pessoa com um histórico pesado como o dela, só pode ser psicológicamente afetada como foi possível perceber na noite passada... Humpf. Polidactilía a parte, vamos tocando a vida com muito samba e cerveja que fica mais leve.
Tenho chegado à grandes conclusões de grupo, a mais edificante da semana foi a de que não é só eu quem acho que as coisas andam bastante insensíveis e desrespeitosas... É péssimo ver com o ser humano já não se importa em ser minimamente educado e sensível com o desconhecido, tá tudo muito hostil, triste, frívolo. Mas enfim, cabe a mim, à ti, aos passantes sentimentais tentar fazer o oposto, fazer um carinho mínimo que seja e não causar no próximo, (mesmo que desconhecido) um sentimento de repulsa infundado e desnecessário. Não mata, é só escrever meia dúzia de palavras ou pegar o telefone e falar. São pequenos gestos, palavras bem colocadas em momentos adequados que fazem a vida mais quente e prazerosa!

sábado, 1 de novembro de 2008

- Não sei, mas sinto que é como sonhar... Que o esforço pra lembrar, é a vontade de esquecer...

Faz exatamente quatro dias que estou ensaiando pra escrever... Ah, mas daí eu to lá na sala o texto fica todo ali me perturbando falando: - Vai Mariana, escreve assim, assim, assado... Alho, bugalho, etc. e tal... Mas poxa, eu fico pensando muito e as coisas vão ficando cada vez mais lindas e mais floridas, cheinhas de cores, sonzinhos, sorrisinhos, e eu fico viajando por demais com minhas “cocas-cola” e quando dou por mim os passarinhos já estão tudo cantando em grupo lá fora o dia já se faz um tanto cinza e chato, sim chato, porque eu não escrevi nada, não dormi, ficou esse nada e tudo aqui dentro, veio e não foi daí eu fico injuriada, desligo as músicas (sim, minhas pirações sempre se dão junto de músicas que eu fico ouvindo por mais de mil horas...), estico meu lençol, arrumo meus travesseiros mergulho na minha cama e fico virando de um lado pro outro até o sono chegar e em menos de duas horas no processo de “REM” ser acordada abruptamente por minha ilustríssima mamãe dissertando sobre um milhão de coisas as quais devido ao estado de embriagues eu não entendo nem meia, aí o sol faz arder os olhos, a cama desconforta, eu começo a sentir sinais de violência se aflorando por dentro (vontade de sair gritando pro mundo “CARALHO!!! EU QUERO DORMIR!!!!!!”), uma infelicidade mau demonstrada, uma coisa “meio pela metade” sabe!?
O importante é que eu não me lembro mais o que eu queria escrever há quatro dias atrás... É uma pena, pois eu sei que era muito mais legal que tudo isso que venho falando até agora... Mas sabe como é, os passarinhos cortam a vibe, daí acabo bodeando de falar e vou dormir. Só que depois eu não me lembro e fico nessa ilinearidade verbal perturbando vocês leitores com essa conversinha fiada... Me sinto tão mal por isso... Eu tenho um problema muito sério que se eu tenho uma boa idéia, um bom pensamento, uma obrigação enfim qualquer tipo de afazer se não fizer no exato momento em que me ocorre eu me esqueço pra todo sempre e depois só com reza brava (às vezes nem assim...) pra lembrar e realizar...
Sei só que ouvia “Los Hermanos”, sorria e chorava, olhava pra frente e via um retrato, estava fumando um cigarro, aí eu falava sozinha com pessoas imaginárias, queria dar um abraço, mas eu estava sozinha.
Para este não ser vão, quero manifestar minha indignação com todos os acasos infelizes da minha vida... Sim, são infelizes, pois são os acasos em que eu sempre penso que pode virar alguma coisa bacana e fica aquela coisa meio matemática, um conjunto vazio.
Ah lembrei... Mentira! Mas é bacana frisar que outro dia, numa das várias madrugadas em que eu vou ao “Pão de Açúcar” da Cardoso comprar refrigerante, numa delas, na verdade nessa última que faz quatro dias eu observei que ele já se encontra tomado de sinais natalinos... Uó. Ai, não curto natal acho um grande saco! Era um tal de panetone, chocotone e afins espalhados pelo supermercado, logo menos começam as promoções de peru, tender, chester, pernil, enfim as coisas começam à tender pra uma vertente mais mórbida, a galera se desesperando porque ainda não comprou o tal do pernil, o bacon da farofa, as romãs do reveillon, a maçã verde da maionese, entre outras milhares de coisinhas chatas... Acho esse desespero todo um saco! Pô, é só um ano que ta acabando, é só um dia, odeio essas mitificações infundadas (ta tudo bem pode ser meio radical e chato esse meu pensar, mas racionalmente, de maneira clara e palpável é isso mesmo). Gosto mesmo é do tal feriado... Isso é bacana, se vai fazer um passeio (às vezes não), dar uma espairecida, dar uma variada na rotina... Queria dizer que crenças a parte, tradições, enfim, sempre depois do dia 31 de dezembro vem o dia 1º de janeiro do próximo ano e vai continuar tudo seguindo, a vida ainda há de existir para boa parte de todos nós e enfim, não é isso que vai mudar o rumo das coisas, sei lá eu penso assim, um pensamento bem pentelho, bem chato, ruim, desesperançoso quiçá errado. Sim posso estar pensando tudo errado, de maneira hipócrita e sendo até bastante falso-moralista, pois quando estiver perto do dia 20 de dezembro eu sei que eu vou me encontrar desesperada pra ver todo mundo que eu ainda não vi neste ano que esta acabando, louquinha de vontade de abraçar todos os meus amigos, todos meus amores, que eu vou começar a pensar no vestido do reveillon, na monotonia do meu natal, pesquisando sobre as baladas pós-natal que vai rolar na cidade, onde eu vou passar a “virada” (há há há há!!!! Virada! Acho bizarra essa expressão), com quem, se vai ter ondinha ou não, etc., etc., etc...
O que eu quero falar mesmo, é que eu ando com preguiça dessas correrias todas... Pra quê comprar presente de natal!? Ah ta, é legal ganhar presente, dar presente, mas sei lá, não fico me pegando muito nesse negócio de datas, nessas horas eu agradeço não pertencer a uma família tradicional e cheia de frescuras saca!? Acho bonito, é bonito pros outros, é bacana de ver na TV, mas eu não quero to na paz...
Quero passar meu ano que nem eu to agora, comendo bem sempre, ouvindo “Odara” e tantas outras canções bacanas, com uma graninha legal pra fazer as vontades do dia-dia, trampando, lendo coisas legais e aí o que vier é lucro.
Já é cedo, vou me deitar, pois “amanhã” é um “novo dia” e eu tenho uns planos que eu já sei que não vou conseguir realizar, mas na boa, sem frustrações o importante é saber que eles existem e que a vontade de realizá-los também... Essa semana foi uma droga, cheia de chateações, pessoas desnecessárias juntos com seus momentos e comentários desnecessários, muitos eu acho chato porque eu acho, um povo sem argumento e eu me incluo neles, sei lá preciso parar de ficar preguiçosa (sim de vez em quando eu fico), é tão ruim, tão pra baixo, entrando hoje na contra-vertente, movimento mais, nem tudo esta perdido, a tal da felicidade se faz em mim e eu sou super do bem, existe muita coisa bacana pra rolar que eu às vezes me esqueço junto com a minha preguiça.