Ana Mari's world!

Leia livre de preconceitos, intensões e expectativas.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Vá dizer ao seu gerente que pendure esta despesa no cabide ali em frente...

-Cola seu rosto no meu rosto, enrola seu corpo no meu corpo agora.

Bom, faz quinze dias que venho planejando escrever algo por aqui... Queria dizer-lhes sobre o maracatu numa terça num fim de tarde na Benedito Calixto... Dizer dos passeios por praças para as lamurias verborrágicas e sorrisos desmedidos na madrugada... Contar-lhes sobre as “ressacas” que esse dezembro inteiro rendeu... Desenhar todas as brincadeiras nas mesas de bar até o sol raiar com o amor e os amigos. Fazer saber dos jantares, passeios, reflexões e trocas com René... Mas enfim, a preguiça falou muito durante todos estes passados e não me permitiu aqui sentar para contar e rever todas as alegrias e até as tristezas de todos esses momentos finais desse ano...

- Ta tudo muito bom, ta tudo muito bem, mas realmente...

Tive um natal comido, feliz e reencontro festivo... Não houve muitos presentes, na verdade quase nenhum, mas foi um dos natais mais felizes da minha vida...
Sei que dormi mal e pouco desde então... Já corri pra arrumar as malas para ir pra praia... Cheguei de volta a São Paulo antes de ontem... Achei melhor assim, me faltava a felicidade, a alegria, me senti demasiado reprimida e impossibilitada de ser eu mesma, preferi voltar pra minha casa e ficar com a minha mãezinha, pois no final de todas as contas a gente se entende e ela saca minha falta de alegria de apenas ouvir o meu “alô” do outro lado da linha...
Fazia tempo que eu não me sentia tão feliz e necessitada de reencontrar minha mãe, não sei estava tomada por uma tristeza, uma frustração que sentia minha casa minha mãe o melhor lugar do mundo.
O importante mesmo é que eu descobri que amo minhas meninas e todas as meninices delas, mas que não exija o convívio de mais de 24h horas junto, pois eu enlouqueço. Sabe, muita mulher junto de TPM é uma grande desgraça (no sentido da falta de graça mesmo). Esse ano eu descobri que eu realmente sou muito mulher, uma grande menina, daquelas bem legais, bacana, mas que pertenço ao sexo feminino por erro de percurso... Eu não quebro unhas, não passo maquilagem para ir à praia (protetor solar sim e muito!), que me preocupo muito mais com a essência das pessoas do que com o boné ou o sapato que ela usa, não faço chapinha, não quero colocar silicone (embora tenha a certeza de que uns 200ml não faria mal, pelo contrário), não acho minha bunda caída e estou muito feliz com ela, odeio minhas pernas longas e finas, mas já me acostumei com elas, afinal são as únicas que eu tenho. Adoro minha boca grande (no sentido literal da palavra), não pretendo fazer plástica no meu nariz... Bom, eu sou uma pessoa feliz com o que eu tenho na medida do que se faz possível e não me cause dor nem sofrimento.
Mulher é uma criatura chata pra caralho! Urgh! Me cansa!

Stand by me.

Ai eu quero tanto que esse novo ano seja bom... Eu quero tanto ser feliz, eu preciso tanto ser menos confusa. Desejo para mim nesse novo ano mais persistência, ter sempre centro para resolver minha vida e meus problemas, que não me falte o juízo perfeito para tocar a vida de maneira bacana e saudável.
Hoje de madrugada to voltando pra praia, vou encontrar com meus amigos e abraçar todos e vibrar muito para que esse ano seja um sucesso, cheio das realizações de nossos desejos.
Você que me lê e pensa no que escrevo vibre por mim, mesmo você que só lê e nem pensa, pois vibro por ti daqui.
Um bom ano para mim, para ti e para quem mais vier.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Cada homem é arquiteto de sua própria sorte

Preciso andar...

O dia parecia ter ‘situado-se’ nele mesmo, as cores se faziam claras junto com as reflexões e conclusões... Eu ainda de luto por mim mesma (de quando em vez o faço, acho necessário), com o semblante baixo, confesso que já dava umas ‘pescadelas’ enquanto lia pela sexta vez as aflições e dúvidas de Lóri quanto à Ulisses, o telefone tocou ... Sim o telefone, sempre ele, esse negócio das comunicações é uma loucura... Atendi, era um chamado “VENHA”, eu confirmei minha presença ao receptor com ênfase e cheia de certeza no falar, mas confesso que o corpo estava mole completamente oposto ao meu falar... Pensei se ia, daí me enrolava com Clarice e Lóri...
“(...) Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que já não tenho sido catalogada. Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos. Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios. Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar nossa vida possível. Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe. Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempos dos falsos deuses. Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer “pelo menos não fui tolo” e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos se ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temos-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia.(...)”
Queria me resguardar, eu não parei desde que entrei de luto... Que luto mais furado esse meu. Mais uma vez eu indo contra as vertentes que eu impunha à mim mesma, talvez por isso a não seria e a falta de obrigação o fizesse mais leve e ameno, digno de não ser levado a diante, a falta da falta, o fundamento inexistente, sai do luto.
Vestido preto, perfume, sapatos, bolsa e sai...
Ó do Borogodó, de domingo é um clássico (pelo menos pra mim), daí no caminho pensava que podia ser a última vez do ano que eu iria a tal lugar com tais pessoas, um encontro de fim de ano, assim de repente, sem combinar... A recepção calorosa ajudou elevar o ânimo, papo sobre o reveillon (olha ele aparecendo de novo na minha vida), sobre músicas, adendos sobre as aflições com a Cris, dissertações sobre filmes e músicas com Ferrero e Rafael, direito penal com outro e exaltações sobre “A Loca” com Tiago para fechar o ciclo, que foi regado a uma comilança maravilha num boteco da Cônego...
Fiz bem, não digo que fora algo demasiado efusivo, mas feliz na medida, nem mais nem menos, apenas bom.

♫ Conversa de Botequim – Noel Rosa


Olhos de ressaca, de cigana oblíqua e dissimulada

Deu-se o start às 17h... Queria ver Lili, queria partilhar, queria estar junto, mesmo que em silêncio por mais difícil que fosse consegui-lo naquelas circunstâncias...
Confessamo-nos uma à outra, procuramos soluções para o que talvez não tivesse de ser solucionado e meios para o fluir de sentimentos que talvez não tivesse fins.
Houve falta de conclusões, me sentia mal e chateada por talvez ter sido um tanto intransigente com minha vida e por isso demasiado incapaz de aconselhar e ser útil como de costume. Deixei-a em sua casa e regressei à minha, embora relutasse a sair sabia que ficar só não traria soluções para as coisas que somente eu poderia resolver e que ficando aqui nada seria resolvido, não faria diferença...
Fui à casa de Lívia, pessoa blaster astral, deu o abraço mais gostoso e afetuoso da noite, sentamos em frente à TV, degustamos alguma cervejas, champagne, cigarros e ficamos acompanhando a saga de Bentinho e sua cisma obsessiva por fatos abstratos, subliminares e nada óbvios quanto à Capitu. Fomos á Sta. Cecília à um local “X” (desconhecido) ver o que a noite tinha para nos dar... Sei que me rendeu o João (meu carro) abarrotado (tinham dez pessoas fora eu) , um tanto quanto rebaixado à caminho da Augusta...
Como vocês sabem, Rua Augusta noturna tem uma vibe diferenciada e bastante eclética... Esse evento me fez refletir o quão bom é sair sozinha... Fomos a todos os lugares e a nenhum... Odeio quando isso acontece, odeio sair com um contingente elevado de pessoas, essa é a verdade... Os outros que me desculpem, mas ontem dos onze apenas quatro me bastavam. Eu era a inércia ambulante, andava porque tinha de andar, quase vagava, ninguém percebia, ninguém sabia, eu queria falar, eu queria dizer, mas não fazia sentido à todos, daí eu ter de ser eu mesma, porém sabotando o meu coração... Sinceramente não sei por que faço isso. Mas na paz, sem ressentimentos. A volta pra casa sempre é boa, ainda mais quando conseguimos conversar com nós mesmos.

♫ Só de Você – Rita Lee

O homem que diz dou, não dá...

E aqui eu já não tenho como vos dizer o que penso e sinto... Ainda estou digerindo e de maneira incerta e abstrata sentindo algo que é indizível...
Queria dizer-lhes de maneira que parecesse um sonho... Imagine algo embaçado como a visão de alguém que sofra de astigmatismo numa balada pouco iluminada com fumaça artificial e luz negra, este é o cenário: “Quando cheguei tudo tudo, tudo estava virado... Apenas viro, me viro, mas eu mesma viro os olhinhos”.
Já falei de borboletas na barriga? Creio que sim, foram as borboletas mais incertas e surpresa que minha barriguinha já desfrutou... Confusa fiquei dando voltas, fechava os olhinhos, por medo e covardia (eu sou uma grandessíssima covarde quando se trata das minhas borboletas) perdi a oportunidade. Não importa de quê nem qual, importa que eu perdi por mérito próprio (eu tenho o dom de me sabotar), acho incrível como eu transcendo as barreiras de auto-sabotação.
Queria poder lhe abraçar somente, quiçá falar se o abraço não fosse bastante, mas eu queria tanto que não consegui...
Confesso que fiquei um tanto decepcionada e frustrada... Mas nada que eu não pudesse superar, talvez nem houvesse o quê se superar se levar em consideração que não houve queda de minha parte, apenas abstenção de atitude na hora certa (pois ela aconteceu bem na minha frente e eu me fiz “charmosa”).
Deparei-me com um processo de reciclagem orgânica, tola e infundada que as palavras que já se confundiam resolveram sumir de vez e fazer-me emudecer e tocar a história, afinal todo mundo que comprou ingresso queria ver o final do espetáculo e eu mais do que ninguém tinha a obrigação de terminar minha atuação na cena sem decepcionar os presentes. Às vezes na coxia eu gritava e sorria, e era uma bagunça por dentro não sabia se estava num palco ou num picadeiro (pois há uma diferença considerável entre os dois). Eu via um palhaço todo atrapalhado que debaixo da lona do circo, procurava meu rosto na intensão de ver se havia “aprovação” de minha pessoa para sua atuação... Só que eu já não sabia mais, às vezes no intervalo de uma apresentação e outra, ele se colocava ao meu lado em silêncio, buscando meu olhar na expectativa de que lhe dissesse algo que pudesse fazer as coisas serem diferentes e melhor para ambos, eu me encontrava sem condições, estava entorpecida demais para dizer-lhe algo sincero. Sei que o show continuou até o sol raiar, no fim o palhaço apareceu com um desenho todo sorridente e borrado como quem faz graça à criança e eu me fiz indiferente, pois realmente já não importava mais, não fazia mais diferença, tinha acabado o que ninguém nunca soube onde foi o começo...
Mesmo com o meu astigmatismo no ápice de sua atuação eu me senti importante. Era a tal “dança da solidão” alegre degradada que eu me pego carente de palavras, um adjetivo qualquer que faça valer o que eu via e sentia.
Recostada aqui na minha cadeira abraço meus conselheiros, alguns já se foram, mas ainda falam aqui na caixinha coisas como: “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro nessa vida”. Quase o questiono sobre tal certeza, mas aí vem o silêncio: “Eu bato o portão sem fazer alarde, eu levo a carteira de identidade, uma saideira, muita saudade e a leve impressão de que já vou tarde...”.
E por mim mesma me pego a lamuriar e chorar ouvindo Vinícius falar para eu não ir, porque amor só é bom se doer...

♫ Canto de Ossanha – Vinícius de Morais

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Só chorando as mágoas que não têm fim...

Emoções em alto mar...

É engraçado como a graça da minha vida se dá pelas pessoas graciosas que exitem nela...
No início desta semana estive com Apu, um querido, sempre com seus convites inusitados na madrugada veio até aqui para matarmos as saudades e contar-me das suas andanças pela “Zorópa”... Como ri, de tabela ainda me trouxe de presente a Torre Eifel... Querido demais...
Falamos dos nossos, dos outros, da vida, das desilusões, das coisas que vêm dando certo, dos planos pro futuro, das mudanças, rimos do passado, fotografamos na madrugada o presente, as árvores, as luzes enfim, um pouco da vida.
Falando de graça, o que faz a graça é isso tudo mesmo, as risadas e as conclusões... Nesta madrugada chegamos à uma conclusão muito séria... Na verdade pouco importa o Rei cantando todo dia no transatlântico, o barato mesmo, ia ser passar o dia inteiro fazendo nada curtindo uma vibe no meio do oceano, tomando refrescos sem compromissos maiores com a vida...

Rio 40º


Depois de ter quase lambido a tela da TV durante a nova microssérie da rede bobo, resolvi que eu ia encontrar com a Rê. Bom, vocês devem se lembrar que há não muito tempo atrás eu anunciava tais coisas... Anunciava que aquele desdém demasiado pelo fim do ano, festividades e luzinhas se transformaria nisso... Nessa sensação de que o mundo vai acabar e que eu tenho de ver todo mundo... Tal patologia já se encontra fomentada em minha pessoa, mas na boa, acho que não seria eu mesma se não mudasse de idéia com tanta freqüência e não fizesse tantas outras coisas com essa regularidade...
Sei que revi minha amiga, brindamos várias, fumamos vários, sorrimos tudo, nos abraçamos muito e clichê relembrando.

O mundo ideal é um privilégio ver daqui...

Existem pessoas que não podem ser misturadas umas às outras, pois tal mistura pode ser algo um tanto perigoso, quiçá explosivo, mas demasiado bom e feliz no frigir dos ovos...
René Guerra guardem bem este nome, ele é fera no que faz, queria eu ter um terço de sua sensibilidade. Um amigo amado, profissional (cineasta/roteirista/diretor) incrível, generoso e digno de um grande amor... É com ele que eu como pizza à luz de velas, afinal o que seria de nós dois se não existisse essa amizade!? Talvez com outros, mas não seria bom o bastante, pelo menos não pra mim, é pra ele que eu conto minhas aflições amorosas, minhas platonices, meus sonhos, minhas confusões e no fim de tanta verborragia lhe pergunto:
- O quê você acha!?
E Renè sempre de uma maneira sutil, às vezes doída não nego me diz o que eu preciso ouvir, mas nem sempre o que eu quero... Mas penso que talvez por isso, por ele dizer sempre o que eu preciso e não o que quero ouvir que ele seja uma pessoa pela qual tenho eu muita estima e admiração.

When she will marry me outside with the willow trees...

Dançando junto e pulando de alegria, tenho vivido estes dias junto de meus amores e novos amores. A cada semana tenho adotado uma nova pessoa para ser admirada e amada, e como é bom isso... Hoje falava de amor com uma amiga e dizia à ela o quão brega e ridículo é o amor... Mas falsa moralista que sou, não vivo sem um e vários outros secretos... É o que faz a gente planejar, esperançar, é o amor que faz a gente acordar os dias e saber que talvez sem amores a vida não faria sentido. Vida é amor, pode parecer bobo, barato, clichê, lugar comum, porque é eu também acho, mas é o clichê que todo ser humano procura mesmo que nas profundezas mais obscuras de seu íntimo. A gente procura o amor, procura alguém, à quem dar amor, procura alguém que nos ame e assim dormindo e acordando todos os dias...
Sou toda coração...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Now i'm ready to close my eyes

- Chico Aníiiisio

A sede transcendental da madrugada passada ainda se fazia presente aqui, era meia noite, eu assim, ainda sem plano nenhum, sem vontade e cheinha dela ao mesmo tempo...
Daí o celular começou a re-funcionar... Algumas sugestões peguei a bolsa, sem rímel nem delineador líquido e fui, nem sabia o que era ao certo, sabia apenas que era querida lá.
Lá era bem bacana e foi ficando cada vez mais interessante, cada vez mais pessoas, mais amores e do nada a noite que não seria nada virou uma noite incrivelmente apaixonante, cheia de desenhos lindos, estrelinhas, a cada abraço mais um motivo por ter ido para lá mesmo sem saber o que era... E as musiquinhas!? O coro e as dancinhas junto, tudo cheio de sorrisos e cores e ar... De inicio estava meio receosa medo de ir e não encontrar com nenhum dos meus, afinal eu não confirmei minha ida... Mas conseguia ver o brilho dos meus olhos ao avistar as minhas meninas, sem falar naquelas que combinaram presença no evento do dia anterior e não apareceram e de maneira descompromissada apareceram lá. Lá foi muito bom. Ganhei muito antropologicamente falando em ter ido, pois também vieram os novos junto com os velhos, veio as trocas, a energia que eu precisava muito naquele momento. Lá tinha, Amanda, Juliana, Marina, Teresa, Naíma, Ana e varias outras alegrias coloridas... É inevitável falar de alegria sem falar de cor, não consigo senti-la em p/b.

-Tell me, baby, what's my name...


Já era umas 3h40 da madrugada eu devia seguir pra casa, pois o que mais eu poderia querer depois de tudo o que aconteceu!? Tinha felicidade transbordando pelos lados... Mas daí eu me lembrei que era aniversário de uns amigos que foram muito importantes para mim em um dado momento de minha vida e que há muito eu não os via... Resolvi mudar o trajeto e ir dar-lhes um grande abraço...
Matrix como sempre um lugar bastante acolhedor (na verdade é quase uma extensão de minha casa) o qual me dá a sensação de ter chegando num mundinho particular só meu. Encontrei os aniversariantes e era perceptível o quão felizes ficaram em me ter ali e eu de revê-los daí o motivo de ser efusivo e tal... Eu queria tirar fotos para comparar com as que eu tenho do início do século, do tempo em que as coisas eram mais leves e os sonhos maiores, mas ando com certa preguiça de fotos (mais ainda de ser fotografada).
Houve um momento que rolou uma seqüência de músicas incríveis, sei que fui à cabine dar um abraço no meu querido amigo Serginho, nos questionamos sobre a vida um do outro, sorrimos, dei-lhe um abraço, encostei a grade novamente ao lugar de início e quando cheguei ao meio da pista escuto: “Once I had a love and it was a gás...”. Incrível como Serginho é sensível e querido, eu não precisei nem pedir, ele simplesmente executou, pois sabe o quanto gosto da música e que me faria feliz... Ouvi, senti e percebi que já tinha cumprido minha “missão” naquela noite e que podia me retirar do local... Sem me despedir, cantando a música eu abri a porta e saí, com o coração cheio de saudade, mas não dava para dar tchau, ia doer, preferia assim, pois a sensação de “até logo” parece mais fácil e próxima quando não há despedidas...

- I just called to say I love you...

Fim da saga de um sábado que não era pra ser, agora eu vou pegar o Johnny e ir pra casa... Afinal pra quê chegar às 6h se eu posso chegar às 4h45!?
“Vem ni mim, to indo pro fili, booora!!!”, num horário desses um convite como esse vindo de Cristiana, não dá pra não ir encontrar... Voltei do meio do caminho, bati na porta do bar (sim o Filial já estava fechado), abriram eu entrei e avistei-a... Toda linda, loira, frenética e com os abraços mais fortes e acolhedores que uma pessoa podia receber àquela hora. Trocamos meia dúzia de palavras corridas e efusivas, nos abraçamos muito e despedimos depois.

-Pour a little sugar on it honey...

Transcendental foi minha sexta-feira... Há certo tempo venho me rendendo aos “prazeres” das birinight’s. A sede do Saara resultante no sábado deve-se à essa minha prática...
Sei que regada há uma carta musical variada que ia de Oingo Boingo, Sugar Ray e The Archies à Strokes, Oásis e Bandas alternativas das boas eu me deleitei de drinks e conversas fiada de qualidade... Ainda consigo sentir a barriga doer de tanta risada que esse evento gerou...
Ando um tanto “Narcísa” e me amando muito, embora eu me judie bastante. Percebo que tenho evoluído bastante como pessoa, embora ainda seja demasiado individualista e sofra para ir contra essa vertente. Não sei ao certo o que vai ser quando tudo acabar e o como se concretizará o fim, se é que terei como prestigiar tal, mas acredito que na medida de que se faz possível e às vezes até impossível eu sou muito feliz e isso é importantíssimo, saber que se é feliz e que vale a pena viver, mesmo que o sol doa quando nasce que a noite desespere quando chega, que as lágrimas sejam incontroláveis, que os amores sejam demasiados e não correspondidos, que os planos não dêem certo, que os sonhos se protelem e que o cansaço queira enraizar, mesmo que tudo isso aconteça o conjunto faz a vida ser maravilhosa a cada aurora sorrindo vista da padaria com um pão-na-chapa na mão e uma coca-cola na outra. Eu queria materializar todas as fotografias que estão na minha memória.