Ana Mari's world!

Leia livre de preconceitos, intensões e expectativas.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Fazendo a roda girar...

Não dá pra ter dó... Estou me cansando de ter dó... De mim, do outro. Até que ponto vale poupar o outro condicionando assim minha felicidade? Até que ponto vale a delicadeza de versos e afagos, quando na verdade somente a crueldade e a mais escrachada verdade é que vai solucionar o que faz soluçar? Não sei, mas venho controlando dentro de mim essa crueldade, por conta de um trabalho interno que venho fazendo comigo mesma de tentar ver o lado do outro, tentar sentir como o outro sente, ver do ângulo que o outro vê. Mas o outro vê o meu lado? Não sei, mas diante de tantas feridinhas somente um jamais, um adeus que vai resolver isso tudo que não para de doer e por conta de relevâncias vou protelando dia-dia essa dor. Não tem mais literatura, não tem mais poeminha, conto ou ditado que vai fazer as coisas ficarem menos doídas... Eu não queria novamente ser cruel, embora de maneira homeopática eu venha sendo. Mas não queria fazer acabar pra sempre, porque eu queria tanto que as coisas mudassem, mas já faz tanto tempo que eu estou tentando, que a vida vem me mostrando que não vale mais a pena insistir. Não há amor, bem querer que suporte a indiferença, o desprezo e toda a atmosfera fria que circunda esses sentimentos emanados por atitiudes brutas ou simplesmente descrentes e displicentes. O outro não me poupa de agressões gratuitas, porque eu o devo poupar? Mais uma vez eu só posso acreditar que é o tempo que vai fazer sarar a dor, trazer respostas e quiçá provar que eu não sou uma louca que sente prazer em dizer o que sente e pensa simplesmente para magoar, mas isso é mesmo só o tempo, porém o outro é tão burro que vai se deixar enganar até o fim dos dias, mas isso aí já é problema do outro, o meu problema agora e fazer a vida ir pra frente, fazer planos pra mim, e deixar o barco seguir o fluxo do rio sem que haja interferências. É difícil dizer adeus, é muito complicado o “never more”, mas é necessário. Tá na hora.